No século XXI, a moda pode ser copiada, criada, customizada ou resgatada. Época em que não há o “certo” nem o “errado”.
Com a moda cada vez mais rápida, os estilistas criam, além das coleções semestrais, as subcoleções, onde colocam no mercado os modismos instantâneos, que por algum motivo específico, as pessoas desejam ter. A era da tecnologia, da informação, tem feito os criadores se desdobrarem na busca do que os grupos (assim definidos atualmente) querem neste ou naquele momento e, já se prepararem para o que desejarão no momento seguinte, sendo que as mudanças ocorrem num curtíssimo espaço de tempo.
As peças lançadas pelos estilistas não são mais seguidas ao pé da letra. O que se procura fazer é uma adaptação dessa idéia, colocando o traço pessoal em cada look usado. Ninguém mais aceita as imposições dos criadores. Eles somente indicam o caminho, nós seguimos da forma que melhor encontrarmos.
As peças lançadas pelos estilistas não são mais seguidas ao pé da letra. O que se procura fazer é uma adaptação dessa idéia, colocando o traço pessoal em cada look usado. Ninguém mais aceita as imposições dos criadores. Eles somente indicam o caminho, nós seguimos da forma que melhor encontrarmos.
O que se vê hoje é uma mistura de tudo o que se usou nos últimos 50 anos. Uma pessoa pode estar vestida com alguma peça que lembre a década de 70, outra que remeta a de 50 e assim por diante. Misturar tudo, sem se deixar parecer ridículo, virou uma espécie de talento pessoal, visto com olhares de admiração por quem pertence ao grupo dos básicos. Essa mistura não se limita apenas às décadas. Misturar estampas, cores, estilos, tudo é válido. É um mix de informações, batido no liquidificador e que, ao final, transforma-se em algo delicioso aos nossos olhos.
Nunca se falou tanto em estilo, em individualidade. Parecer único virou mania. Esse fenômeno surgiu pela falta de verba dos jovens no início do século. Sem poder comprar roupas novas o tempo inteiro, os jovens passaram a transformar suas roupas antigas, ornado-as com os mais variados aviamentos. A esse processo deram o nome de customização. Essa mania saltou dos jovens sem verba para todas as outras classes sociais, virando sinônimo de criatividade, individualidade. E das ruas foi para as passarelas. Aliás, esse movimento contrário, das ruas para as passarelas, e não mais das passarelas para as ruas, é que tem vigorado na atualidade.
Moda e emoção
Percebeu-se a importância dos cinco sentidos: olfato,visão, paladar, tato e audição, o que tem sido altamente explorado pelo varejo. Usando e abusando, cada vez mais, desses artifícios no intuito de finalizar vendas e adquirir novos clientes. É o chamado varejo emocional. O processo de comprar roupa é totalmente emocional. Compramos roupa como forma de terapia, por prazer. Por isso que moda hoje é considerada desejo.
A moda masculina também mudou bastante atualmente. Há mais liberdade na forma de vestir, as cores não se restringem aos tons pastéis ou às cores escuras. O universo masculino está mais colorido. Os homens admitem a vaidade, compram mais e, como as mulheres, por prazer. Eis aí o chamado metrossexualismo entrando em cena. Homens altamente vaidosos e consumistas.
O indivíduo conquistou uma iniciativa criadora. O criador passou a copiar do indivíduo. Isso não quer dizer que os estilistas buscam referências do passado por falta de criatividade.
Também não significa que não haverá mais o profissional de moda. A sociedade sempre terá um seguidor, porém, de uma forma mais livre para escolher o que realmente o torna completo. Afinal, roupa hoje é emoção, expressão e individualismo.